BANHO DE ÉTICA:

Na Republiqueta das Bananas o seu maior partido político - o PT – Partido dos bananeiros, apelidado de Partido dos Banqueiros - preocupado com os sucessivos escândalos no seio do partido convocou um seminário para discutir a ética na política. O capitão-mor do partido fez um longo discurso conclamando a todos filiados e representantes eleitos para cargos executivos e legislativos cerrarem fileiras em prol da ética, que outrora fora a principal bandeira do partido e que possibilitara sua ascensão ao poder. Mas durante as discussões ficou evidente que era impossível ao partido trilhar o caminho da ética. Estavam todos os seus dirigentes e apaniguados atolados até o pescoço em propinas, corrupções e outros escândalos. Então o seminário chegara ao impasse, sem as corrupções o partido não teria dinheiro para financiar as campanhas e a maioria desfiliaria em busca de outro poleiro. A bandeira da ética estava irremediavelmente perdida! Até que surgiu um advogado membro do partido, mente brilhante, mestre em dar e desfazer nós. Disse que a solução era simples, barata é eficaz. Que os participantes do seminário fizessem uma pausa para o café e que ao retornarem a solução já estaria tomada.
Ao retornarem os participantes deram de cara com uma imensa lata de massa de tomate, marca ETICA – assim mesmo, sem acento – no meio do salão onde todos participantes foram convidados a mergulhar. - Logo após colocaram um chuveiro onde todos tomavam ducha para retirar a etica do corpo. Todos os participantes ficaram felizes com aquele banho etico, principalmente depois que o advogado falou que ética era uma massa de tomate vermelha e desbotada que todos poderiam usar como quisessem. No final do seminário, a arraia-mor, com uma lata normal de massa de tomate na mão fez com que todos os participantes passassem por ele e recebessem no bigode – no Partido dos Bananeiros até as mulheres cultivam bigode - uma sujeirinha de massa de tomate, enquanto falava para cada um deles: Não esqueçam, não é necessário ter ética por princípio. Ética, devemos usá-la como engodo.