segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O POLÍTICO FLEXÍVEL:

Os políticos eleitos pelas verbas do caixa dois das elites, nos tempos de fartura onde os patrões embolsam gordos lucros, nunca propõem um direito, sequer um bônus aos trabalhadores. Mas bastam uma ligeira queda nos lucros, uma dificuldade momentânea para virem com seus anteprojetos obscenos, querendo cassar os parcos direitos trabalhistas que ainda restam aos trabalhadores. Como se os trabalhadores brasileiros não fossem uns dos mais desprotegidos do mundo. O Brasil é um dos poucos países do mundo onde é permitida a demissão imotivada, onde as aposentadorias viraram ficção e os que as conseguirem estarão tão debilitados pelas mudanças sucessivas das regras, que receberão, não aposentadorias, mas caixões-de-defunto para entrarem nele e deixarem de dar prejuízo ao sistema. Morro de vontade de chamar a esses políticos mercadores, que agora querem flexibilizar a CLT, de oportunistas, de canalhas, de vendilhões da classe trabalhadora, mas temo ser injusto, pois dentre eles há um que conheço bem por ser conterrâneo meu, que atende pela singela alcunha de Chico-Vinte que vota pela flexibilização por convicção, pois já antes de entrar na política tinha idéias avançadas. Há tempos, antes da flexibilização estar na moda, ele já tinha flexibilizado a mulher, que fez brilhante carreira na indústria do baixo-meretrício, flexibilizou a mãe para fazer papel de mulher-conga no circo e, aos filhos, flexibilizou-os; terceirizando-os como braços armados para quadrilhas de assalto a bancos.



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