quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DEMOCRACIA DERRAMADA DE UMA GARRAFA:

João da Silva, o peão, após ser demitido sem justa causa, depois de quase se atirar no rio paraiba decide que se suicidar era um ato covarde, indígno de um peão de luta. Caminha até um botequim e pede uma cerveja estupidamente gelada. O balconista abre a cerveja e a deixa sobre a mesa, então, João da Silva, despeja-a em seu copo mas, para sua surpresa, ao invés de sair cerveja, saiu políticos. Primeiro saiu Sarney blasfemando: sou amigo de Lula, semeador de miséria no Maranhão e matador de peão em greve na CSN. Depois saiu Collor com sua espingarda enferrujada caçando marajás e foi cassado por eles. Atrás veio Itamar com seu topete, ou será que o topete veio com Itamar anexo , de tão insonso que era. Ligeiro, saindo sem ser derramado, aflorou Fernando Henrique, o soberbo. E julgando-se um deus, criou o plano latinha: latinha uma indústria, lá tinha uma quitanda, lá tinha um emprego. Por último saiu Lula e atrás dele um enxame de peão todos transformados em marionetes que batiam palmas e gritavam palavras de ordem mesmo às maldades feitas contra a classe trabalhadora: fator previdenciário, aumento do tempo de contribuição para aposentadoria, FGTS sem reajuste, aposentadorias e salários aviltados. Então, João da Silva jogou longe o copo e a cerveja e rezou: Pai nosso que está no céu nos livre desses maus, amém!

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