sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

É NATAL, ENTÃO LULA SE FOI...

Depois de ontem, 23/12/10, em que Lula deu um espetáculo chorando ao lados dos catadores de reciclados, inflano os feitos de seu governo e negando a existência do mensalão; dois mil e onze começa. Começa sem Lula no poder, um cara que tem ódio gratuito à classe média e que por odiá-la, ampliou-a, colocando quem ganha mil quinhentos reais nela. Mil e quinhentos reais não é nem mesmo um salário-mínimo real, ver "site" do DIEESE. Só para cobrar imposto de renda desses desinfelizes!!!
Como se não bastasse extorquir a classe média, apoiar ditaduras, extraditar fugitivos de ditaduras para as garras de seus algozes, ver o caso dos pugilistas cubanos, o governo Lula desceu a minúcias. O Itamaratí prestou assessoria ao governo americano, ver Folha de São Paulo de hoje, 24/12/10, para facilitar a extradição do menino Sean Goldeman para os Estados Unidos, para viver com um pai desnaturado e deixando aqui os avós maternos aos prantos. Então é natal... que o poste eleito por ele (Dilma) faça luz e não nos mergulhe nas trevas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

EM SILÊNCIO A CLASSE MÉDIA DEU UM GRITO:

O segundo turno das eleições presidencias  foi travado entre dois partidos que sentem nojo, desprezam, odeiam e extorquem a classe média. O PSDB durante seus oito anos de governo confundiu o poder dado pelas urnas para governar o País com carta de corso para ratar a classe média , assim, congelou a tabela do imposto de renda, implantou o desemprego como política de Estado, congelou salários e aposentadorias e, num gesto de extrema insensatez criou  o "PLANO LATINHA" ( lá tinha uma indústria..., lá tinha um comércio, lá tinha um boteco...). Venderam, a preço de bananas, todas as indústrias nacionais com exceção da Petrobrás e,  mesmo vendendo tudo, elevaram a dívida externa de setenta para setecentos bilhões de dólares. O desemprego grassava no País e os "tucanos" mandavam fazer as plataformas da petrobrás em Cingapura para economizar uns caraminguás.
O PT em seus oito anos de governo deu sequência a essa política nefasta e extremamente desumana com a classe média. Manteve salários e aposentadorias congelados, continuou com o congelamento da tabela do imposto de renda, agora com uma defasagem de quase setenta por cento, não permitiu à classe média abater, integralmente, as despesas com a educação de seus filhos e aos cursos de idiomas nem um centavo de abatimento.
A politica do PT  para a classe média assemelha-se à resposta dada pelo chefe da policia de repressão de Stalim, não sei se Béria,  a um seu subordinado: "Disse-me que não achou culpa neste acusado.... Não busque culpa, culpa é detalhe, o que importa a nós comunista é eliminação total dos burqueses!"
Mas a classe média em silêncio ecoou um grito uníssono que as autoridades procuram camuflar: 29 milhões de abstenções, 2,5 milhões de votos brancos e 4,6 milhões de votos nulos que dão, aproximadamente, 36 milhões de votos. Uma força política e tanto que até os surdos físicos ouvirião, mas que as autoridades surdas pela soberba e cegas pela cupidez ignoram.
Foi um grito e tanto, mas agora partamos para uma nova etapa: Necessitamos criar o PCM (Partido da Classe Média) para que nos defenda com brados fortes, punhos firmes e vontades intrépidas desses dois partidos majoritários que nos odeiam.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O PT É A ARENA:

Em O Globo de domingo (07/11/10) saiu o mapa dos votos da eleição presidencial. O partido dos Trabalhadores é o campeão absoluto dos votos nos grotões, desbancou com méritos as antigas oligarquias!Mas os intelectuais remunerados ou cegos por ideologias dizem que não é a mesma coisa. Alegam que os votos da antiga ARENA era de cabresto, mas os do PT vieram por ser ele um partido de massa. A única diferença que vejo entre eles é que um dava a enxada e exigia trabalho para a remuneração, o outro dá a remuneração e não exige o trabalho e, ainda,  dá a rede. Mais para nós que somos classe média ( só no Brasil para classificar quem ganha um pouco mais de mil reais de classe media) os dois partidos são antagônicos: A ARENA dava as pobres mas não odiava a classe média, o PT dá aos pobres e a  odeia, e sonha um dia levar os seus membros ao "paredon" como se fosse um espetáculo circense para as massas ignaras. 

sábado, 23 de outubro de 2010

A DEMOACRACIA NUM REPENTE ( OU A GRANDE FARSA )

PARA POLÍTICOS,  BOI PARIU.
PARA O POVO, VACA MORREU!

José Fernando Inácio Itamelo, ou simplesmente coronel Inácio, não era o Demo em pessoa, mas apenas o filho dele.

Coronel Inácio era o cão chupando manga!

coronel Inácio na infância dedicou-se a matar passarinhos e extripar sapos e a cegar animais domésticos.

Na adolescência abusar as pobres filhas dos colonos e a beber feito um degenerado.

Este limitado e semi-analfabeto trovador que vos narra vai contar as crueldades desse malvado coronel, não todas, porque ai não seria um cordel, mas uma enciclopédia.

Coronel Inácio era homem de fogo nas ventas. De ódio tão latente que quando a blasfemar na sala seu ódio se materializava e ia quebrar louças na cozinha.

Bebia cachaça com pólvora e como tira-gosto degustava pimenta malagueta, enquanto gritava palavras de baixo-calão.

Quando ia fumar não usava fósforo, nem isqueiro. Acendia o cigarro nos seus olhos vermelhos injetados de ódio.

De tamanha maldade no coração, por exemplo, num só dia cometeu três covardes crimes:

Matou sua própria mulher, que demorou a atender um chamado seu e a jogou aos jacarés de sua criação comercial e os bichos famintos e medonhos a devoraram com tamanha fúria que nem os ossos sobraram.

Disparou um tiro de escopeta em seu único filho que chorava gritando pela mãe e o jogou para ser comido pelos terríveis jacarés, tal qual a mãe.

Logo após estas duas maldades, ó destino desafortunado, bate-se palma na porteira da fazenda
Quando coronel Inácio foi atender, era um pacato lavrador, com a
enxada nas costas, a pedir trabalho por dia ou empreitada.

O malvado coronel Inácio foi logo dizendo que ele devia era pedir esmolas e deixar de encher o saco.

O humilde lavrador ponderou que sendo ele um honrado trabalhador e não possuindo nenhum atributo que o credenciasse a esmolar, não era justo esse ofício exercer,

 Pois aleijado não era, erisipela não tinha, doença do coração ausente, incômodo degenerativo não tinha e cegueira não convinha.

Coronel Inácio não respondeu com palavras, mas com ação. Num pulo
medonho voou para cima do desinfeliz do lavrador e com a peixeira vazou os dois olhos do honesto trabalhador e só então falou: Já tem o credenciamento seu porco, cego você já é!

Se alguém dentre meus poucos leitores duvidar dessa narrativa é só ir à matriz de Santana do Agreste e confirmar que o pobre ex-lavrador, hoje cego e inválido para a lida, a esmolar está.

Como pode num coração humano caber tanta maldade?

Até hoje nunca me esqueço e ainda me punje o coração a maldade feita ao negrinho, filho de um colono seu: Acusou-o de roubar um ovo e pegou o desinfeliz e o besuntou de melado e o amarrou no formigueiro onde foi devorado vivo, enquanto o malvado coronel Inácio ria!

Mas tarde esta verdade verdadeira passou para a história como o folclore do negrinho do pastoreio.

Mas coronel Inácio, monstro cruel, não matava só por crueldade, matava também por precisão. Matava os proprietários das fazendas vizinhas para apossar de suas terras e anexá-las à fazenda dele.

Graça a este expediente sua fazenda já não era apenas um latifúndio, mas uma sesmaria.

Matava também por ambição. Matou bem matado e bem esfolado o pai e seu único irmão e a mãe internou num hospício que era pior que uma prisão.

Tanta maldade só para ser o único herdeiro de toda a fortuna da família.

E no tribunal do júri, foi absolvida graça a brilhante defesa da junta de advogados contratada para sua defesa que pediu sua absolvição por ser ele órfão de pai e arrimo da mãe que era doida varrida.


Matava também por dó! Não podia ver ninguém sofrendo de incômodo grave, ou simples dor de dente, como remédio sacava o trabuco e desencarnava o vivente.

Coronel Inácio era pior que serpente e para comprar sua impunidade financiava campanhas políticas em todo seu estado.

Vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais e até governador todos comendo em suas mãos.

Até que num mau dia resolveu o alcance de suas maldades ampliar por achar que o sofrimento do povo estava menor que o merecido planejou aumentar o castigo.

Devido a isso se candidatou e se elegeu deputado federal com a maior votação do país.

 E seu anteprojeto-de-lei foi logo colocando em votação.
O projeto era a volta da escravidão, com senzala, açoite, pelourinho capitão-do-mato e leilão de escravos.    

Em seu discurso em defesa do anteprojeto foi veemente e até brilhante. Argumentou que tal medida acabaria com o desemprego, pois a neoescravidão não seria por raça ou credo, mas por classe social.

Todo cidadão que não tivesse propriedade de monta seria automaticamente escravizado.

Todos os demais deputados ficaram indignados e pediram o imediato arquivamento do anteprojeto, pois ele era inconstitucional e seu autor merecedor de severa punição.

Os deputados de todos os partidos solicitaram uma sessão secreta para discutir tão macabro anteprojeto e decidir por uma severa punição, pois em público não ficava bem discutir tamanha afronta à nação.

Coronel Inácio até então, ainda, estava orgulhoso de seu feito, pois se conseguia indignar gente tão corrupta e ruim era porque sua maldade sobrepujava o congresso pervertido, feito escória da nação.

Mas coronel Inácio longe das câmeras da TV e dos gravadores das rádios é que tomou pé da verdadeira situação:

O congresso queria puní-lo, não pelo anteprojeto, mas pela burrice de propô-lo.

O presidente da câmara em seu discurso de abertura da sessão abriu o peito, rasgou o verbo, e falou:

Como pode alguém da elite ser tão subversivo a ponto de querer dinamitar os alicerces da ordem constituída.

 Como podia alguém no poder propor um anteprojeto tão nefasto ao patrão, pois a volta da escravidão encareceria a produção.

A compra de escravo era caro e imobilizaria o capital.

E sendo o escravo uma propriedade teria que ser bem alimentado e sua saúde mantida para ter o seu valor de revenda mantido ou aumentado.

 Como podia um membro da elite, em sã consciência, contestar a ordem vigente que tanto capital permitiu à burguesia acumular.

Que até cego via a vantagem da neoescravidão que transformou o pobre trabalhador em pária da nação.

Que o trabalhador, com as leis vigentes, fora trasformado em laranja que durante sua vida era espremido e depois de feito bagaço era abandonado à própria sorte.

As leis vigentes transformaram o trabalho em mercadoria barata. Fora das fábricas havia milhares de outros trabalhadores, feitos laranjas, aguardando a vez de serem espremidos.

Que a democracia só existia como farsa, que a liberdade era uma trapaça. Porque quem está desempregado e faminto por mais que não pareça está acorrentado.

 Que democracia era um engodo porque o salário vigente não dava para alimentar nem mesmo um só escravo e quem dera ao trabalhador e sua família.

O trabalhador atual custava menos que manter um escravo com a vantagem de não haver a imobilização do capital.

Que o sistema vigente, que democracia era chamado, era perfeito para legitimar o regime canalha. Permitir a ascensão de genocidas, ladrões e cafetões, porque neste sistema não era necessário ser, mas parecer.

Inventaram um tal marketing político, uma tal propaganda e uma tal pesquisa de opinião.

 Com a pesquisa de opinião os facínoras descobriam o que o povo queria e com o marketing e a propaganda transformavam demônios em anjos, picaretas em estadistas.

Depois da corja eleita começava a roubar e a votar leis para cassar os poucos direitos dos trabalhadores.

 E quanto o povo oprimido reclamava, suprema maldade: diziam que culpado era o povo que não sabia votar.

Que com este sistema, que democracia era chamado, todo patrão venceria.

Com a plutocracia vestida com as sagradas vestes da democracia o grito de liberdade jamais ecoaria, pois o peão, enganado, com o seu voto a legitimaria, para sempre, amém!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CAMPEONATO DE CORRUPÇÃO:

Corrupção no Brasil está tão vulgarizada que daqui uns dias não servirá nem pra notícia de jornal. A roubalheira come solta em todas as esferas (federal, estadual e municipal). O povo a cada dia fica mais desesperançado e revoltado com essa desfaçatez. E o pior que chamam a esse estado terminal de corrupção de “DEMOCRACIA”. Isso é um perigo, pode inviabilizar, no futuro, uma democracia de verdade.
Alguma instituição, ONG, senador ou deputado federal (creio que deve havê-los honestos) deveriam propor uma lei, não uma lei que acabe com a corrupção, pois ela não acabará por lei ou decreto. O que proponho é mudar o nome do regime atual para “corruptocracia”, para salvaguardar a democracia para tempos vindouros.
Esses corruptos que estão montados no poder são piores que ratos que, em naufrágios, abandonam o navio, mas esses políticos corruptos afogam, mas não largam o osso. São políticos maritacas, se lhes puxam os pés agarram com o bico e continuam trepados no poleiro generoso das verbas públicas.
Não tenho esperança nenhuma de melhoras, principalmente, depois que um garçom amigo meu me relatou um estranho campeonato que houve numa casa de campo de um político. Indignem-se, senhores, realizaram um campeonato de corrupção. O evento durou o dia todo, os corruptos se revesavam num palco, onde orgulhosos, narravam para a platéia e um corpo de jurados a corrupção, que no entender deles, fôra a mais bem planejada e executada.
Depois de horas, ficaram para a final um político federal e um municipal (orgulhemo-nos, o Brasil é pródigo em revelar jogadores de futebol e corruptos). E, acreditem, o corrupto municipal venceu o federal, retrucando-o que havia feito tudo que o federal fazia, inclusive vender a mãe, só que, ao contrário do federal, não a entregara.  

terça-feira, 28 de setembro de 2010

LULA É FIDEL, SERRA É RAUL:

Lula, discípulo fanático de Fidel, sonha com um Brasil onde todos ganharemos um sálario-mínimo. Sonha com uma imprensa caldatária a tecer loas sobre seu governo e calar sobre a corrupção que corrói a credibilidade dos políticos e põe em risco a democracia. Lula traiu os trabalhadores de carteira assinada. Durante seus oito anos de governo manteve o arrocho salarial promovido pelo seu antecessor Fernando Henrique, o soberbo. Continuou com o fator previdenciário, não reajustou a tabela do imposto de renda e reajuste salarial diferenciado para o aposentado, para os que ganham salário-mínimo reajuste maior daqueles que ganham acima do mínimo o que está levando os aposentados ao desespero.
Agora, no horário eleitoral, vejo o programa de Serra prometendo um salário-mínimo de seiscentos reais e um reajuste para os aposentados de dez por cento. A mesma crueldade de Lula! Ora, isso não seria a mesma política do Lula... dez por cento para o aposentado e dezessete por cento para o salário-mínimo. Dia três iremos votar e ao escolhermos Dilma-Lula ou Serra, estaremos trocando seis por meia dúzia. Estaremos copiando Cuba que trocou para não mudar. A política de Serra é irmã da do Lula. SOS, necessitamos urgente de uma oposição!  

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

TAXA DE INCÊNDIO:

Cheguei à seguinte conclusão:  Os habitantes do Estado do Rio de Janeiro não sabem votar! O estado cobra o maior ICMS, o maior IPVA e,  não tenho os dados,  acho que somos os campeões do impostos altos. Agora, não satisfeitos, os políticos criaram a tal “taxa de incêndio”, para mim um eufemismo, o mais justo seria chamá-la de “taxa de extorsão”.  Esta taxa além de ilegal é, sobretudo, desumana pois ela hipoteca o mais sagrado bem de um cidadão que é o lar onde se abriga com sua família. Ao não pagar esta taxa de extorsão o seu lar vai para a dívida ativa e futuramente a leilão.
Entendo por taxa, por exemplo: Você mora em um edifício e para manter as áreas comuns limpas e outros serviços paga-se uma taxa. Agora não sei como cobrar uma taxa para um serviço que poderá nunca acontecer,  pois a probabilidade de acontecer um incêndio em uma residência é ínfima; deve ser a mesma probabilidade de se acertar na mega-sena.
Parece implicância, mas outra vez,  ai estão os gadanhos dos políticos. Esta taxa de extorsão foi criada  não sei por qual desgovernador do Rio de Janeiro e também foi aprovada na assembléia legislativa do Estado, mas uma prova que esses políticos que elegemos são antipovo e que votam as leis mais absurdas para encalacrar a população.
Mas, senhores, se creem que a maldade, a insensibilidade e a ganância dos políticos fluminenses chegaram ao fim, estão redondamente enganados. Ouvi de um assessor de gabinete lá da ALERJ que os nobres deputados estão empenhadíssimos na criação de uma nova taxa: A taxa de oxigênio. No futuro todos os habitantes do Rio de Janeiro terão que pagar para respirar.  Não se desesperem, a taxa só será paga pelos que nascerem após a aprovação da lei. Não tenham isso como um gesto de misericórdia dos deputados, é que o dispositivo criado para medir o consumo de oxigênio tem uma adaptação difícil é só poderá ser implantado em recém-nascidos. A taxa é extremamente cruel e seu dispositivo de controle terrivelmente eficiente. Com um mês de atraso os computadores interromperão intermitentemente o fluxo de oxigênio para o inadimplente, após dois meses de atraso aumentar-se-á o intervalo da apnéia  levando o contribuinte ao desespero e ao terceiro mês o fluxo de oxigênio será definitivamente interrompido, levando o inadimplente à morte. Tanta maldade me faz lembrar uma pichação lá no bairro Bocaininha, aqui em Barra Mansa: “ Brasileiros adoram votar,  que Deus os castiguem!” 

sábado, 11 de setembro de 2010

POR QUE ASSASSINEI O PRESIDENTE:

“Porque a ingratidão é o sentimento que o ser humano menos reconhece em si...”

Agora, nessa cela infecta, execrado pela opinião pública por matar o presidente mais bem avaliado na história da república, venho declarar que a culpada é a imprensa, na verdade não sei se a imprensa é culpada, mas se personagens mui mais poderosos a acusam, por que eu abriria mão desse álibi... Eu que estou, aqui, tão oprimido, sem esperança e transformado em inimigo público número um, não abrirei mão dessa prerrogativa, sempre haverá quem acredita neste engodo. Então, porque matei o presidente, narrarei agora: Em plena ditadura, estávamos, eu e meu aprendiz, ralando o couro para atingir metas de produção numa multinacional montadora de veículos. Peço licença para uma digressão, o que seria ditadura... o que seria democracia... Tenho certeza que passamos de uma ditadura dura para uma ditadura dura representativa, onde a legitimamos com nossos votos. Luisinho, meu aprendiz, era um menino de voz mansa, físico frágil, e, sobretudo o que mais o caracterizava era o seu olhar doce, lembro-me que sempre brincava: Luisinho, por acaso você pinga colírio de glicose nos olhos para os ter assim tão dóceis...
Com o tempo, acho, que Luisinho adotou-me como pai, pai que na verdade ele não teve, de tão ausente e alcoólatra. Seu Alves, me dizia, preciso livrar-me desse trabalho estafante e monótono, preciso lutar contra a ditadura. Afinal, ser peão basta um dia, pois sê-lo anos a fio é uma tortura! E diuturnamente me enchia o saco: Seu Alves me ajuda, me ajuda, me ajuda... Num dia, no início da jornada lhe falei: Luisinho feche os olhos e ore comigo: "Que não doa, que nem dedo há, que não foi decepado e sim que nunca nasceu... Que esse dedo faltou de nascença... " E enquanto orava coloquei sua mão sobre a bancada e com um golpe certeiro decepei- lhe o dedo. Luisinho chorou e, por amor a verdade, até xingou...
Ai, Luisinho aposentou, içou velas e singrou os mares da política com desenvoltura e se tornou uma liderança nacional. Mas nunca me perdoou pelo o ocorrido, de ter decepado seu dedo. Pensei que por ser, ainda, muito recente, mas que mais tarde ele me perdoaria pelo mal necessário que eu executei, aliás, com mestria. Ma não! Foi eleito presidente, ai falei agora vai me chamar, me agradecer e me dar um cargo compatível com o sacrifício que fiz, creiam-me, decepar o dedo de Luisinho custou-me muita dor... Mas nada, não me chamou, não me escreveu, não mandou recados, ignorou-me! Mas pensei, mesmo no anonimato faço parte desta história, pois se não fosse minha coragem e sangue frio, Luisinho estaria, até hoje, a mourejar no chão da fábrica.
Mas passaram se os anos e Luisinho não fez nada para o trabalhador de carteira assinada que, nos anos difíceis, quando todos lhe viravam as costas estiveram sempre presentes e muitos fiéis. Manteve o fator-previdencário, o congelamento da tabela do imposto de renda, a demissão imotivada, etc. Mas pensei, outros piores houve nesta república insana e insensível, deixa estar, dor de barriga não dá uma vez só. (peão sempre fala isso ao perceber que foi enganado).
Mais ai, de tão seguro de si, desandou a cuspir na cara de todos. Disse que os prisioneiros políticos cubanos eram presos comuns, beijou e chamou de irmão Ahmadninejad, açougueiro e ditador do Irã. Estendeu o tapete vermelho a todos os ditadores, que em pleno século XXI, envergonham a civilização e que se não forem banidas da terra a civilização humana passará a chamar-se civilização sacana. Mas a isso ainda relevei. Mas o dia que Luisinho vestiu o uniforme Corinthians, sentou nas arquibancadas e ligou seu rádio de pilhas, não agüentei, foi demais, saquei do bolso uma foto do Médici, que sempre carrego no bolso para nunca esquecer que no Brasil houve uma ditadura e, olhei pra foto de Médici e para o Luisinho e, para meu imenso espanto e tristeza, não havia diferença, eram irmãos siameses. Ai, minha mão alienista empunhou a arma do crime, um revólver vinte e dois todo enferrujado, e ele, o revólver vinte e dois, e eu explodimos em um estampido xoxo que não traduz a descarga de ódio, dor e decepção que conteve aquele ato. E antes que mãos fortes e carregadas de ódios me imobilizassem ainda ouvi a ultima frase de Luisinho: Compadre devolva meu dedo...
Ai,  acordei com uma dor de cabeça terrível....


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A REDENÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA:

Dias desses, navegando pela internet, dei-me com um anteprojeto-de-lei que poderá vir a ser a redenção da classe trabalhadora brasileira que está tão aviltada e oprimida. Não digo a classe trabalhadora atual, mas a vindoura.

Tirando a demagogia e a retórica onde o autor, um tal de Francisco Trancaio, conclamava aos trabalhadores cerrarem fileiras em prol de sua candidatura à Câmara Federal, achei a o anteprojeto genial e, sobretudo criativo. Era um anteprojeto sucinto, ninguém há negar o poder de síntese. O anteprojeto tinha um só parágrafo: Todos os filhos de trabalhadores da data de sua aprovação em diante teriam ao nascer um número de CNPJ de banco e não CIC como a classe trabalhadora atual, rastaguera e cabisbaixa. Note, senhores, CNPJ de banco e não de comércio ou indústria que apesar de bons não ombreiam com os de bancos que são o supra-sumo das benesses. Os filhos dos trabalhadores, também, terão incorporado a seu nome o sobrenome “BANCO”, exemplo: se o filho de um trabalhador fosse chamar João da Silva, após a aprovação da lei, passaria a se chamar João da Silva Banco. Gostaria que todo trabalhador refletisse sobre o alcance desta lei. Feche os olhos e viaje para o futuro, veja lá seu filho desempregado... Veja que ele não sofreria as agruras do trabalhador atual: água, luz e telefone cortados; a família sem plano de saúde , sem conta em banco, sem cartão de crédito... E nem se humilharia, como o trabalhador atual, implorando um emprego degradante e se inscrevendo no bolsa-família...

Pelo contrário, entraria todo altivo no BNDES ou qualquer outro órgão governamental e exigiria uma polpuda verba para sanar suas dificuldades financeiras, como acontece hoje com os bancos já estabelecidos. Não acha crível a lei... por acaso duvida dos superpoderes de um CNPJ DE BANCO. Não duvide, creia, com um CNPJ de banco tudo é possível, CNPJ de banco é uma gazua que abre quaisquer portas, temos precedentes: O PSDB que, durante os seus oito anos de governo, foi carrasco da classe trabalhadora extinguindo 12 milhões de vagas de trabalho e não criando uma sequer, foi pródigo com os bancos, deu a eles, via PROER, a fundo perdido, cerca de 100 bilhões de reais que deixaram os banqueiros muito mais barrigudos e felizes.

O CARA QUE TRABALHA ESTÁ LASCADO:

FHC durante seus oito anos de mandato, criou o plano "LATINHA":  Lá tinha uma indústria,  lá tinha um comércio, lá tinha um botequim.... Acho que a ONU deveria criar um novo parâmetro para caracterizar um "GENOCIDIO": Um Governo que em período de fartura mata seu povo de fome deveria ser taxado de genocida, é uma pena que os atestados de óbitos de milhares de trabalhadores demitidos não venham como causa mortis: "DESEMPREGO", ao invés de alcoolismo, desespero, desemprego... E o Lula continuou tudo isso não revogando o "fator previdenciário, o congelamento da tabela do imposto de renda e a aposentadoria aos setenta anos.... FHC aposentou aos 36 anos  e Lula cortou um dedo para aposentar-se.... Senhor meu Deus, afaste de mim este cálice sujo de falsa democracia!

sábado, 28 de agosto de 2010

O NASCIMENTO DE UM SANTO:

Caminhava apressado pelas calçadas da Av. Joaquim leite, aqui em Barra Mansa, quando presenciei, não digo um simples milagre, mas um acontecimento muito mais significativo. Presenciei o nascer de um santo, não o vir à luz, mas o nascer no sentido de presenciar a transformação de um homem comum, com seus problemas, dificuldades e frustrações em um ser iluminado capaz de captar as injustiças e trapaças da vida e indignar-se contra elas. O homem, não sei se nesse exato momento já era santo, atravessou a avenida e, súbito, ajoelhou-se no meio dela; acho que a transformação de homem comum em santo, deu-se nesse exato momento de ajoelhar-se e, ignorando as buzinas nervosas dos carros e as indiferenças dos transeuntes,  fez uma oração que gravei e agora a transcrevo aqui:



Senhor meu Deus, criador do universo! Protetor dos que sofrem, dos que têm fome (fisiológica e de justiça) ... Venho pedir-lhe, não riquezas e tão pouco honrarias, peço-lhe, Senhor meu, que finja não existir. Que num decreto celestial determine que desta data em diante Vossa Santidade não mais existe (sei que mesmo fingindo é muito triste e causa um vazio infinito em nossas humanas almas) mas é, Senhor meu, absolutamente necessário o seu não existir para desmacular seu santo nome, que homens sem escrúpulos sujam, denigrem e comercializam)...

Senhor, no exato momento que Vossa Santidade decretar sua não existência muitos impérios comerciais-religiosos deixaram de existir e os gordos aproveitadores, muitos bons vendedores de curas, milagres e prosperidades verão, repentinamente, seus negócios ruírem.

Os covardes que matam em seu nome (indigne-se, Senhor meu, até matam em seu nome e não contentes em matar, mutilam...) deixarão de sacrificar vidas porque da data de seu decreto em diante, o de não mais existir, terão que assumir seus crimes e eles são muitos covardes para arcarem com as conseqüências de seus atos (é muito mais fácil matar em seu nome senhor meu Deus).

Mas a oração foi interrompida pelo trombar de uma motocicleta contra o santo. O Santo voou e caiu vários metros adiante, fulminado. Disse motocicleta, não, não era moto, era uma das bestas do apocalipse que veio calar a boca de quem bradava contra os falsos profetas. Logo vieram os bombeiros retirar o corpo e o fizeram como se fosse o corpo de homem comum, sem cuidados e reverências... E a frase dita por um dos bombeiros , deu-me a prova cabal que o morto era, definitivamente, um santo; santos sempre são desprezados por seus contemporâneos: “Neste mundo tem doido pra tudo!”

PS: Para ser sincero não sei o homem era um santo, pois tinha um ar evangélico e evangélicos na gostam de santos e, chamando-o santo estaria a denegrir sua fé, então, se evangélico, mudo de nascer de um santo, para o nascer de um profeta.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O DIA QUE A DEMOCRACIA TIROU A MÁSCARA:

Dez de março de 2015, a democracia brasileira plenamente consolidada joga sua cartada final: a retirada do último direito do trabalhador brasileiro. Os presidentes das duas casas, câmara e congresso, discursaram enfatizando o momento histórico em que todas as amarras que engessavam a economia foram, finalmente, erradicadas.


O congresso e a câmara em sessão conjunta, como a presença do Exc.° Sr presidente da República votaram o fim da CLT, a volta da prisão por dívida, a volta do direito do patrão manter o empregado prisioneiro até a quitação de suas dívidas para com a empresa e a volta das chibatadas por falta grave no trabalho.

Em seu discurso o líder do DEM, requereu para o partido os maiores louros, pois para não perder a luta e chegar à vitória final o partido havia, para lubridiar o povo, mudado de nome três vezes: ARENA, PFL e agora DEM. O líder do PSDB, parodiando um historiador americano, enfatizou que aquele momento era o fim da história. Que a luta tão arduamente travada diuturnamente, contra as forças comunistas e retrógradas, fora finalmente vencida. Que o neoliberalismo triunfará e que no horizonte descortinava mil anos de prosperidade e máquinas produzindo a todo vapor. O PTB que votou pelo fim dos direitos dos trabalhadores, vangloriou-se da emenda cota-sal criada pelo partido para o trabalhador passar no corpo após as chibatadas. O líder do PMDB discursou rebatendo um panfleto subversivo e apócrifo que havia circulado antes da votação que na essência dizia que a escravidão voltara e que a democracia era a corrente que cerceara a liberdade de um povo. Disse o líder: Como podem afirmar que o povo perdeu, se a perda dos direitos trabalhistas vai permitir o progresso e a acumulação do capital no País. Qual patriota não estaria orgulhoso em renunciar aos seus direitos para proporcionar ao País o grande salto para o futuro... O líder do PT discursou rebatendo a todos, que aquele grande feito era obra de seu partido que lutará incansavelmente para conseguir a grande vitória final, que alguns subversivos diziam ser perda de direito, mas que na verdade era a vitória final da classe trabalhadora, afinal não importava que o pleno emprego fosse trabalho escravo. Neste momento, finalizou seu discurso, dizendo: acabou o desemprego, todos trabalharão até morrer!

No final da sessão os presidentes das duas casas solicitaram que todos assinassem embaixo da cópia fiel da lei para a enviar à biblioteca do congresso e ficar para a história. Severino Silva, contínuo no congresso, foi o encarregado de colher as assinaturas. No final quando foi olhar para ver se não estava faltando nenhuma assinatura dos facínoras, ficou pasmo. Todos os nomes de todos os deputados e senadores eram iguais: LUCIUS ANTONIUS RUFUS APPIUS e todas as assinaturas idem: L.A.R.APIUS.



Nota: Lucius Antonius Rufus Appius foi um corrupto coletor de impostos romano, cuja assinatura originou palavra larápio (L.A.R.APIOS)



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O POLÍTICO FLEXÍVEL:

Os políticos eleitos pelas verbas do caixa dois das elites, nos tempos de fartura onde os patrões embolsam gordos lucros, nunca propõem um direito, sequer um bônus aos trabalhadores. Mas bastam uma ligeira queda nos lucros, uma dificuldade momentânea para virem com seus anteprojetos obscenos, querendo cassar os parcos direitos trabalhistas que ainda restam aos trabalhadores. Como se os trabalhadores brasileiros não fossem uns dos mais desprotegidos do mundo. O Brasil é um dos poucos países do mundo onde é permitida a demissão imotivada, onde as aposentadorias viraram ficção e os que as conseguirem estarão tão debilitados pelas mudanças sucessivas das regras, que receberão, não aposentadorias, mas caixões-de-defunto para entrarem nele e deixarem de dar prejuízo ao sistema. Morro de vontade de chamar a esses políticos mercadores, que agora querem flexibilizar a CLT, de oportunistas, de canalhas, de vendilhões da classe trabalhadora, mas temo ser injusto, pois dentre eles há um que conheço bem por ser conterrâneo meu, que atende pela singela alcunha de Chico-Vinte que vota pela flexibilização por convicção, pois já antes de entrar na política tinha idéias avançadas. Há tempos, antes da flexibilização estar na moda, ele já tinha flexibilizado a mulher, que fez brilhante carreira na indústria do baixo-meretrício, flexibilizou a mãe para fazer papel de mulher-conga no circo e, aos filhos, flexibilizou-os; terceirizando-os como braços armados para quadrilhas de assalto a bancos.



TIREM AS MÃOS CHEIAS DE DEDOS DOS NOSSOS PARCOS DIREITOS TRABALHISTAS

O que move o mundo é o dinheiro, mas o medo é seu freio! Ninguém dá nada de graça e o capitalismo muito menos. Os avanços trabalhistas no mundo capitalista deu-se por medo do comunismo. Agora que o comunismo acabou o capital quer bater nossas carteiras quase vazias de direitos. Todos os dias um direito nos é roubado. Estes senhores sorridentes que nos abraçam, nos dão tapinhas nas costas e santinhos, votam sem dó contra nossos direitos no congresso. Então, votem em radicais de esquerda para que gritem, esperneiem e morda quem nos quer roubar em Brasilia. 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

OVERDOSE DE IMPOSTOS

João da Silva Brasil pegou a capa, no Brasil redemocratizado chove todos os dias, a bem dizer não era chuva, eram lágrimas de um povo depenado pela carga excessiva de impostos. Quando pegou a bolsa sobre o sofá, uma dor aguda e intensa percorreu sua coluna dorsal tal era o peso dela. Irritado, João da Silva murmurou: parece chumbo, qualquer dia esta bolsa de impostos vai me matar.

Maria Ermeciana cozinhava um punhado de feijão e um bocado de arroz em um fumascento fogão à lenha, nunca sobrava dinheiro para o gás, quanto irritada falou consigo: Como se necessitasse de fumaça para me fazer chorar, basta-me este bocado de arroz e feijão amargo de tantos impostos...

João da Silva percorreu várias repartições e bancos pagando montanhas de impostos e no final, feliz, viu que havia sobrado algumas pratinhas, suficiente para tomar uma cerveja. Entrou num pé-sujo e pediu: solta uma céu –de- foca, estupidamente! Quando apareceu um senhor elegantemente vestido, óculos escuros, bigode à Rodolfo Valentino e um sorriso procaz , e sobremaneira grosso, e o interpelou: Como ousa tomar bebida alcoólica com o seu imposto de renda devido?! E célere, tirou a garrafa e o copo das mãos de João da Silva, e sôfrego bebeu com gosta aquela cerveja céu-de-foca. João, apopléctico, teve um troço e foi rebocado até ao hospital.

Maria Ermeciana, quando ia devorar, juntamente com seus cinco filhos, aquele bocado de arroz com feijão amargo de impostos, batem à porta. O filho maiorzinho foi ver e lá da porta mesmo gritou: Mãe, é o moço do IPTU atrasado! Tá dizendo que se não pagar hoje vai levar as panelas como sinal de pagamento.

Maria deu um troço, arroxeou e estatelou ao chão!

João e Maria, ironicamente, foram para o mesmo hospital, não sei se por coincidência ou por havê-los tão pouco.

O médico que os atenderam, falou irritado: Hoje já é o vigésimo caso. E gritou: enfermeira, traga dois frascos de isenção-fiscal. E virando-se para o estagiário ao seu lado, disse-lhe: É overdose de impostos!

UMA NOVA TEORIA:

Nós, trabalhadores brasileiros, precisamos com urgência estruturar um novo partido de esquerda com uma representação razoável no congresso para defender nossos interesses. Estamos orfãos de representantes! O PT que passamos décadas a construí-lo com militância gratuita ao chegar ao poder traiu os trabalhadores cortando seus parcos direitos trabalhistas e previdenciários. A escravidão bate em nossas portas. O escravo ao completar sessenta anos era liberto, hoje querem nos conceder aposentadorias aos sessenta e cinco num primeiro estágio, num segundo aos setenta. Queria convidá-los a votarem em partidos de esquerda, que tal o PSTU... Tenho certeza que este partido no legislativo nos defenderia, pois não terá cargos no executivo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

RUMO À CUBA DOS IRMÃOS CASTROS:

Peões e aposentados do Brasil apertem o cinto. O Sucatão da Miséria vai levantar vôo. Na verdade já levantou há muito, durante os oito anos de governo tucano salários, aposentadorias e reajuste da tabela do imposto de renda foram congelados. O PT que quando na oposição era contra essa política de arrocho, quando no poder, manteve e a ampliou. Os aposentados, que no passado, ajudaram a construir esta Nação estão expostos a esta política mesquinha que os levam à fome e a renuncia aos tratamentos médicos por não terem recursos para comprarem os remédios, que estão pela hora da morte. Os trabalhadores da ativa, que com os seus suores continuam a construção do País, sofrem com esta mesma política de arrocho que os mantêm , a si e seus filhos, mal alimentados, morando em casebres e sem perspectivas de um futuro melhor.


O mal do Brasil são seus governantes, ou melhor, desgovernantes, que têm aversão ao trabalho e odeiam quem o faz. E isso gera sérias distorções, por exemplo: Paga-se R$510,00 para um trabalhador prover sua família, arcar com alimentação, aluguel, vestimentas, água , luz, IPTU, etc e, gastam-se, estes governantes eleitos por nós, para manter um presidiário, aproximadamente, R$2000,00. O Brasil é o único país do mundo onde um presidiário vale mais que quatro trabalhadores!

Em poucos anos, a política do PT, nos transformará de brasileiros em cubanos. Todos seremos nivelados por baixo. Todos ganharemos salário-mínimo. Improvisaremos balsas, compraremos câmara-de-ar de pneu de caminhão, logicamente no mercado negro, para fazê-las de bóias e nos atiraremos ao mar alto para fugirmos da tirania. Então os patrulheiros ideológicos, agora feitos pilotos- de-caças, darão rasantes sobre nossas precárias embarcações e as metralharão. Pobre de nós, trabalhadores e aposentados... A nós, na democracia brasileira, só nos restou o direito ao choro.



Barra Mansa 19/01/2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A DEMOCRACIA DOS SENHORES:

Todos os dias somos bombardeados pelos meios de comunicação afirmando que, inquestionavelmente, somos uma democracia plena. Que todos as instituições democráticas estão funcionando e que os poderes da República continuam independentes . Mas venho, muito humildemente, contestar estas premissas. Elas são falsas! Melhor, as instituições e poderes da República funcionam sim, mas para as elites. Senão, vejamos: O ladrão de galinhas é pego e sofre pena rigorosa; mas o banqueiro frauda e pratica usura impunemente. A mãe rouba um tablete de manteiga, para aplacar a fome do filho, é pega e sofre pesada e injustíssima pena; mas o político superfatura obras, rouba o dinheiro da merenda escolar escapa ileso, graças ao fórum especial e, ainda, é chamado de Excelência. Em nossa República vige o livre mercado: o preço do arroz, do feijão, do leite, do macarrão, estão liberados e cada comerciante vende pelo preço que quiser; mas o salário do trabalhador é tabelado, e quando não, é negociado entre o patrão forte e o peão mirrado.

Os lucros dos empresários e banqueiros vêm aumentando exponencialmente; mas a renda do trabalhador vem minguando ano a ano, a ponto do salário-mínimo nacional atual valer quatro vezes menos do que valia na época de sua criação.

Quando o rico fica doente vai para um hospital de primeira, com medicina de ponta e aparelhos modernos para um diagnóstico preciso; mas o peão vai para a fila do SUS que nunca tem vaga e se o caso for desesperador, colocam-no em cima de pia ou deitado no corredor e para aplacar sua dor lacerante dão-lhe uma aspirina e ainda dizem que estão fazendo favor.

O rico quando vai aposentar tem programa para se adaptar: Suas horas de trabalhos vão gradualmente diminuindo, dão cruzeiros em iates de luxo e viagem à Europa; mas ao pobre não dão nada e ainda tiram tudo: é o tal fator previdenciário que capa a aposentadoria, é o aumento do tempo de contribuição que impede este direito sendo, que atualmente, só os mortos estão se aposentando.

Quero, nesta crônica, desconvidar os ricos que já têm sua próspera democracia; mas convidar aos aposentados, trabalhadores e outros pobres em geral para fundar uma neodemocracia onde a opulência do rico não seja a miséria do pobre. Onde o lazer do rico não seja o negar do justo direito do trabalhador se aposentar.

domingo, 15 de agosto de 2010

O DIA EM QUE O RIO PARAIBA MORREU

“Milênios mais tarde, quando um renomado arqueólogo da nova raça dominante na Terra que evoluiu dos urubus descobriu que aquelas rochas brancas e fétidas no leito petrificado do rio Paraíba, na realidade não eram pedras mas lixos e merdas petrificados, concluiu que a civilização humana, se é que assim poderia chamar uma espécie que destruiu a si mesma ao provocar o aquecimento global, evoluira, não dos primatas como acreditaram, mas dos suínos como a arqueologia, agora, comprovava.”


Alberto da Silva Lancaster, rico industrial, acordou pela manhã, abriu a torneira de ouro de sua real suíte e não caiu uma gota de água. Murmurou, paga-se caro por tão precário serviço... Tem que privatizar!

José da Silva, desempregado, com seu barraco à margem do rio Paraíba, quando atirou a sacola de lixo, como fazia toda manhã, no leito do rio, ela sofreu um efeito bumerangue e voltou batendo violentamente na cara dele e assombrado ele gritou: as leis da física endoidaram, a lei da gravidade foi revogada!

Tião Pescador e Pedro Canoeiro remavam lentamente rio Paraíba acima, buscando chegar a um remanso onde pudessem ancorar e jogar suas linhadas e iniciar a pesca, como faziam toda madrugada, quando, súbito, a canoa sofreu um forte baque e encalhou. Pedro Canoeiro tentou desvencilhar-se remando, mas o remo não encontrou a resistência das águas. Tião Pescador disse a Pedro Remador que o mundo estava muito estranho, que o fim do mundo estava próximo, que o ar não era mais ar, mas uma mistura de gases sulfúricos, que as águas do rio de tão poluídas estavam aleijando e cegando os peixes e tornando-os tão raros que a qualquer dia desses não se diria: “vou pescar, mas vou garimpar!”. Peixes tornar-se-iam tão raros como os diamantes... Então, Pedro Canoeiro, mergulhado na mais negra noite desde o início dos tempos, teve uma clarividência e, iluminado pela certeza, naquela madrugada fatídica, grita a pleno pulmões: “Nós estamos encalhados é em sobre um iceberg de lixos! O Paraíba secou!”.

Foi um acontecimento trágico, mas não foi assim que o perceberam as populações ao longo do rio. De manhã todos acorreram para ver a novidade, foi um acontecimento festivo em que todos não se preocuparam em analisar que a morte do rio fora boa ou ruim. Afinal, o rio tinha estado ali através das eras e as dádivas trazidas a eles pelo rio não eram entendidas e por isso ignoradas. Até entendidas como atrapalhação (enchentes, dificuldades de atravessar de uma margem para outra, etc).

Mas se a população fora pega de surpresa, o mesmo não aconteceu com os poderes constituídos. Todos os prefeitos das cidades ao longo do rio já sabiam do fim iminente e já estavam com a festa preparada. Contrataram um contingente enorme de carpideiras e fizeram uma procissão pungente que percorreu o rio extinto, da nascente à foz. Foi a procissão de maior percurso e duração e teve seu registro no livro dos recordes. E, no palanque armado, políticos eufóricos anunciavam uma era de progresso com a nova rodovia que seria construída sobre o leito seco do Paraíba, a Trasparaiba, escoaria o progresso e ecoaria ao mundo o espírito empreendedor daquele povo que assassinou um rio para construir uma rodovia.

Tudo ia bem na construção da nova rodovia, a não ser pelo número elevado de mortes de operários mortos pelos gases mortais que emanavam do leito seco do rio. Mas era só aparente a sensação de progresso trazido pela rodovia em construção. Os políticos entretidos com sua nova fonte de superfaturamento não viam o que acontecia ao redor. Os laminadores das siderúrgicas emperraram com a falta de água, máquinas sem água para seus resfriadores explodiam. E as fábricas uma a uma cerravam as portas. As populações sedentas e imundas pediram a um pajé indígena que as ensinassem a dança da chuva e dançavam na esperança que chovesse para aplacar suas sedes e lavar aqueles corpos suados e fétidos. Crianças famintas de sede perambulavam pelas cidades pedindo esmolas de água. Então as aves que habitavam as margens do rio e alimentavam de seus peixes, migraram. Houve a diáspora da população sobrevivente da grande sede. Adveio, por ordem federal, um tribunal para julgar, não crimes de guerra, mas o crime ecológico que levou ao holocausto a população do Vale do Paraíba. Todos os prefeitos e governadores foram sentenciados à prisão perpétua. Mas já era tarde, a morte do Rio Paraíba foi apenas o primeiro ato, de uma tragédia mundial já há muito anunciada. E o fim se fez...